O Brasil vive no ano de 2020 um momento de tomada de decisões rápidas e urgentes para conter a propagação do Covid-19. Existe uma crise de saúde, que impacta na economia global, entretanto, são nos momentos de crises que surgem o ambiente propício para as novas práticas na economia.
A humanidade já vivenciou inúmeras catástrofes, tanto de origem natural, como terremotos, furacões e a gripe espanhola, quanto de origem antrópica, como guerras, acidentes atômicos e revoluções. Dentre as revoluções, destacam-se a Revolução Agrícola, que se estendeu durante vários séculos antes de Cristo, e a Revolução Industrial, iniciada no fim do século XVIII na Inglaterra e que durou mais de dois séculos. Esses eventos promoveram profundas alterações nos comportamentos e padrões culturais das pessoas, famílias, grupos sociais e toda a sociedade.
Agora, o coronavírus notifica à sociedade o fim da era do desenvolvimento não sustentável. Nasce um novo mundo pós pandemia, inclusive, um novo modelo econômico.
Afinal, o atual modelo pouco contribuiu para minimizar o grande problema nacional: a desigualdade social. O CEO da GRC Ambiental, Thales Andrade, vem realizando eventos virtuais com agentes transformadores da sociedade para debater sobre Métodos da Sustentabilidade, Economia Colaborativa, Impacto Ambiental, Mundo de Vantagens, entre outros assuntos que representam essa nova era. Após uma dessas lives, com o tema: “Soluções Sustentáveis e cidades Inteligentes”, com a participação de Francisco Navega, Leonardo Castro, Flávo Poggian, presidentes das Associações Comerciais de Macaé; de Campos dos Goytacazes, e de Rio das Ostras, respectivamente; Takashi Tamauchi; Leonardo Barreto, secretário de Meio Ambiente de Campos; foi lançado o desafio da retomada da economia, com o fortalecimento do comércio local e responsabilidade social. Os envolvidos desse evento virtual, que contou com três edições, entendem que agora com a tecnologia mais a metodologia do consumo consciente ficou mais fácil desenvolvimento de negócios de impacto social, ambiental e econômico.“O momento atual é o de engajar, motivar, recrutar os consumidores para o consumo consciente”, disse o CEO da GRC Ambiental, Thales Andrade. Ele explica que a crescente preocupação mundial com o consumo sustentável faz com que o posicionamento das marcas quanto a este tema passe a ser também fator que influencia nas decisões de compra de muitos consumidores. “Desse modo, temos observado um número cada vez maior de empresas que buscam se associar a práticas sustentáveis e de responsabilidade social para estar em sintonia com esse consumidor mais consciente. Esse movimento no meio corporativo se comunica diretamente com a transição econômica-social que estamos vivendo, indo de uma economia de experiências, com foco no “eu”, para uma economia de transformação, com o foco no “nós””, ressaltou.Para se comunicar com o público e se posicionar neste cenário transformador, com foco em propósitos, as empresas precisam de autenticidade.

Mais do que falar sobre causas e valores, é preciso agir de maneira responsável e se tornar parte da solução. Assim, a marca estimula o consumo consciente, fornecendo uma experiência transformadora em todos os pontos de contato com o consumidor, proporcionando a ele a chance de fazer parte de algo maior e que trará contribuições significativas para o mundo.A partir dessa tese, surgiu o Mundo de Vantagens, um veículo personalizado de comunicação que cria relacionamento e oferece vantagens para fidelização e aumento de vendas, através de parcerias e soluções sustentáveis para enfrentar a crise junto ao comércio local e condomínios com propósito de transformação social. No contexto de discussões atuais, esse tipo de estratégia é capaz de agregar valor para a imagem, produtos e serviços de uma empresa.O planeta clama por mudança de hábitos e comportamentos. Mudar significa abraçar o consumo consciente para um novo estilo de vida. Além da mudança individual, é necessário usar a liderança para influenciar as pessoas ao nosso redor para que também despertem para esta nova consciência. É o caso dos síndicos de condomínios. O condomínio Mistral, de Macaé, por exemplo, promove uma ação importante: a coleta de óleo usado. O condomínio possui um contentor, onde o morador deposita o óleo ali, e na sequência, o material é destinado de forma correta, sem danificar o ambiente. Mais do que falar em consumo consciente é praticá-lo ao consumir produtos naturais, separar o lixo corretamente, reciclar os materiais, não utilizar materiais que possam poluir o meio ambiente, não comprar produtos de empresas que reforçam o trabalho escravo e o desmatamento, economizar água e energia. Tudo isso não favorece apenas o bolso, mas também a qualidade de vida e o meio ambiente.Em Campos dos Goytacazes, a Secretaria de Meio Ambiente atende 100% da demanda federal, no quesito gestão de resíduos. Segundo o secretário Leonardo Barreto, o município possui uma empresa responsável pela coleta e destino final do resíduo, que faz a coleta domiciliar, todos os dias em todos os bairros e no mínimo três vezes por semana em bairros mais distantes; possui também a coleta do RCC (resíduos de construção civil); coleta dos inservíveis e todos com o seu devido destino final bem assegurado, o aterro de inertes que funciona na CODIM e o aterro sanitário, em Conselheiro Josino. “O nosso aterro sanitário é um dos 3 melhores do país. Tem um sistema de manipulação de resíduos além do tratamento do chorume, canalização de gás metano e quando se trata de resíduos recicláveis, nós contamos com quatro cooperativas, em pontos destinos da cidade”, pontuou.“Esses cases de sucesso servem para disseminar ações relevantes para o desenvolvimento de um mundo mais sustentável. No período pós-pandemia poderá surgir uma nova ordem a fim de reorientar ações pessoais, passando pelos núcleos familiares até alcançar toda a sociedade. Essa nova ordem, que organizará novos modelos e padrões de vida sociais, deverá ser pautada com base na sustentabilidade do uso dos recursos naturais, como proposto pela “Agenda 2030”. Ou seja, uma tragédia em escala global, como a atual pandemia, talvez possa ser o vetor da mudança no curso do modelo de desenvolvimento não sustentável e finito para o modelo de base sustentável. A COVID-19 assume, portanto, o papel de agente de reorientação para que a sociedade coloque em prática ideias que garantam mais equilíbrio entre o homem e o meio ambiente, apoiando-se em princípios de sustentabilidade”, concluiu Thales Andrade.